Nascimento: 22/1/1863 Natural do Rio de Janeiro (RJ). Passou parte da infância em Juiz de Fora (MG), tendo-se transferido logo para o Rio de Janeiro, onde fez os estudos primários e secundários como interno no Colégio Pedro II e no Colégio Aquino. Em 1879 ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo (SP), onde se formou em 1884. Transferiu-se para Rio Preto (MG), onde atuou como advogado, Promotor Público e Agente do Executivo Municipal. Republicano convicto, fundou na mesma cidade o Clube Republicano, tendo sido ainda proprietário da primeira tipografia local, um dos fundadores da Misericórdia e seu primeiro provedor. Em 1891, foi indicado pelo Presidente do Estado de Minas Gerais, Cesário Alvim, Presidente do Conselho da Intendência de Rio Preto (órgão equivalente à Câmara Municipal). No mesmo ano, foi eleito Deputado Estadual Constituinte, pelo Partido Republicano Mineiro, tendo tido destacada atuação na votação da Constituição do Estado de Minas Gerais. Deixou a Assembleia Legislativa em 1892, para assumir o cargo de Secretário de Agricultura e Obras Públicas, durante o governo de Afonso Pena (1892-1894), tendo sido o responsável pela organização da Comissão Construtora da Nova Capital, presidida por Aarão Reis. Foi um dos fundadores da Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, em Ouro Preto, tendo lecionado as disciplinas de Economia Política, Direito Civil e Direito Público e Constitucional. Durante o governo Bias Fortes (1894-1898), foi representante de Minas Gerais na Itália, trabalhando em Gênova e ocupando-se principalmente do incentivo à imigração de italianos para o Estado, ocasião em que publicou, naquele país, o livro Lo Stato di Minas Gerais. Regressando ao Brasil, foi Secretário de Finanças de Minas Gerais, durante o governo de Silviano Brandão (1898-1902). Em 1903, foi eleito Deputado Federal pelo Partido Republicano Mineiro, tornando-se, em 1906, Ministro da Fazenda, durante o governo de Afonso Pena. Seu nome foi lançado para a sucessão presidencial, mas não foi aprovado por parte de seu partido. Após a morte de Afonso Pena, durante o governo de seu sucessor, Nilo Peçanha, foi nomeado, em 1910, enviado especial e ministro plenipotenciário do Brasil na Noruega e Dinamarca, passando a viver em Copenhagen, onde faleceu em 12 de outubro de 1911. Foi casado com Jovita Maia Campista, de quem teve três filhas e um filho. (cf. Abreu, Alzira Alves de. Dicionário histórico-biográfico da Primeira República. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2015. s. v.)
