José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, Coronel, Barão de Cocais
Nascimento: 1/12/1792 Nascido na Fazenda da Cachoeira, Vila de Cocais, distrito de Santa Bárbara (MG). Coronel do Exército, Veador da Casa Imperial, Cavaleiro e Comendador da Ordem Imperial de Cristo. Possuidor de imensa fortuna e muitas terras. Em 1822, participou do movimento da independência do Brasil. Fundou, em 1833, com um grupo de brasileiros em associação com capitalistas ingleses da National Mining Company, a Companhia de Mineração Brasileira da Serra de Cocais. Nomeado Presidente da Província de Minas Gerais em 1835, foi também Deputado à Assembléia Geral nas legislaturas de 1838 e 1848, além de líder da bancada do Partido Liberal. Em 1842, pôs-se à frente do movimento revolucionário eclodido em Minas, sendo aclamado, em Barbacena, Presidente interino da Província de Minas Gerais. Preso, somente em 1844 foi libertado, com a decretação da anistia para os implicados na revolta. Em 1855, recebeu o título de Barão de Cocais. Casado com Antônia Thomásia de Figueiredo Neves. Faleceu em 1869, na Vila de Cocais (atual Barão de Cocais, MG). O Barão de Cocais encontra-se na origem da história de sua fabulosa herança, com o seguinte enredo: consta que ele teria enviado, para depósito em Londres, enormes somas em moeda corrente e em ouro, patrimônio da companhia de mineração por ele fundada, valores que nem ele nem seus herdeiros diretos nunca reclamaram; em 1965, o Banco de Londres teria informado ao governo brasileiro da existência dessa conta, que, após 100 anos sem movimentação, iria prescrever a favor da Coroa britânica; houve uma grande movimentação dos que se consideravam herdeiros, da quarta e quinta geração, espalhados por vários estados do Brasil, mas especialmente por Minas Gerais, sem que nada se concretizasse. Segundo consta, o valor acumulado seria de 120 milhões de libras esterlinas. (Cf. Cadastro de Fundo do Arquivo Nacional, onde se encontram cartas familiares de Ana Casemira a seu pai, o Barão de Cocais; Leme, Genealogia paulistana, v. IV, p. 341; Rheingantz, Primeiras famílias do Rio de Janeiro, v. I, p. 151)