Nascimento: 7/11/1826 Natural da freguesia de São João Batista do Presídio (atual Visconde do Rio Branco, MG), onde foi batizada em 13 de novembro de 1826, de acordo com o seguinte registro: "Aos 13 de Novembro de 1826 solemnemente baptizei e pus os Sanctos Oleos a Libania filha legitima de João José da Costa, e de Libania Camilla da Cunha nascida de 6 dias pp. Bento José da Silveira e Thereza Maria de Jesus. O Vigro. Marcellino Roiz. Frra." Na mesma localidade casou-se, em 28 de janeiro de 1843, com Augusto Pereira Lins, de quem teve os filhos abaixo. Residiu também em Ubá (MG), de onde se transferiu, entre 1870 e 1872, para Piranga (MG). Em 1873 e 1874 é referida no Almanak Administrativo, Civil e Industrial como professora de primeiras letras do sexo feminino em Piranga, seu marido exercendo o mesmo cargo para o sexo masculino. Em 17 de abril de 1883, o Liberal Mineiro registra que o casal recebeu do Governo, como honorários relativos aos meses de novembro a janeiro, a quantia de 480$. Em 9 de outubro de 1887, o Baependyano registra na seção "Instrucção publica" que foram expedidos os seguintes actos: "Nomeando professores: (...) - Considerando vitalicio o provimento da professora D. Libania Camilla da Cunha Lins da cadeira que occupa na cidade do Piranga, nos termos da portaria de 24 de Novembro de 1884". Em 8 de fevereiro de 1896, o Minas Geraes publica decreto da Secretaria do Interior exonerando-a, a pedido, do emprego de professora publica da cidade de Piranga. Assim seu neto Waldemar Lins descreve a história da família: "Sae de Ubá e vae para Piranga uma modesta familia Lins, de professores (casal e 19 filhos...) (...). Por esse numero de pessoas da familia, o leitor vê logo o horror que foi - e naquela época! - a vida daquelle par de professores, ganhando cada um 40$000 por mez, do Estado, para sustentar aquella Arca de Noé. (...) Felizmente, a familia numerosa, embora com aquelle soffrimento, era de uma alegria quasi phantastica. Todo aquelle povo ria-se ás escancaras, por qualquer motivo, e quasi sempre sem nenhum motivo. Quem passava na rua, mesmo sem vêr ninguem da casa, cahia tambem na gargalhada, por ouvir o berreiro de risos que ia lá dentro. Parecia uma casa de doidos, todo aquelle povaréo a rir uns dos outros, ou dos habitantes da cidade, cada qual contanto ou inventando casos... uma cousa nunca vista. E o mais engraçado era que o casal de professores é que rompia as risadas!" (Lins, Homens de febra, p. 117-118; Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, Y11, fl. 213 e 218-219; T21 55v; O Baependyano, Caxambu, 9 de outubro de 1887, p. 2; Almanak Administrativo, Civil e Industrial, ano 1873, p. 167, ano 1874, p. 135; Liberal Mineiro, Ouro Preto, 17 de abril de 1883, p. 2; Arquivo da Paróquia de São João Batista, Visconde do Rio Branco, livro 02-B, fl. 60v. e 01-C, fl. 22; Minas Geraes, ano 5, no. 38, p. 1, 8/2/1896)