Nascimento: 5/6/1903 Médico e escritor. Natural de Juiz de Fora (MG). Estudou no Colégio Andrés, em Juiz de Fora (1910), Em 1911, muda com a família para o Rio de Janeiro, onde, em 30 de julho, morre-lhe o pai. A mãe, grávida de quase 9 meses, muda-se com os filhos para Juiz de Fora e, em 1913, para Belo Horizonte. Nesta cidade, Pedro Nava conclui os estudos, em 1914, no Ginásio Anglo-Mineiro. Em 1916, passa a viver no Rio de Janeiro, na casa de seus tios Antônio e Alice Sales, frequentando o Curso de Humanidades do Colégio Pedro II, até 1920. Em 1921, regressa a Belo Horizonte, para cursar Medicina. Trabalha na Secretaria de Saúde e Assistência do Estado de Minas Gerais. A partir de 1923 integra-se ao grupo de escritores, intelectuais e políticos constituído por Carlos Drummond de Andrade, Abgar Renault, Emílio Moura, Aníbal Machado, João Alphonsus, Milton Campos, João Pinheiro Filho, Gabriel Passos e Pedro Aleixo. Ciceroneia, com os amigos, a caravana paulista, capitaneada por Mário de Andrade, que, em 1925, visita Belo Horizonte e as cidades históricas de Minas. Colabora com A Revista, órgão modernista mineiro, e ilustra Macunaíma, de Mário de Andrade. Em 1931, muda-se para Monte Aprazível, no oeste paulista, e, em 1933, para o Rio de Janeiro. Em 1937, ilustra Roteiro Lírico de Ouro Preto, de Afonso Arinos de Melo Franco. Casa-se com Antonieta Penido em 29 de junho de 1943, passando a residir na Glória, Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Brasileira de História das Ciências, do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, da Academia Nacional de Medicina e membro honorário e correspondente de diversas associações médicas francesas e portuguesas. Exerceu o cargo de Diretor-Presidente da Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Publicou os poemas O Defunto, Mestre Aurélio entre rosas e Episódio sentimental, figurando na Antologia de Poetas Brasileiros Bissextos, publicada, em 1946, por Manuel Bandeira. Publicou ainda os livros: Território de Epidauro (1947), Baú de ossos (1973), Balão cativo (1974), Chão de ferro (1976), Beira-mar (1978), Galo-das-Trevas: as doze velas imperfeitas (1981), O Círio Perfeito (1983). Pelos volumes de memórias, recebeu inúmeros prêmios. Em 13 de maio de 1984, suicidou-se na Rua da Glória, Rio de Janeiro. Deixou inacabado um novo livro de memórias, cujo título seria Cera das almas.