Nascimento: séc. XVI Natural de Portugal. Transferiu-se para São Vicente (SP) como irmão leigo da Companhia de Jesus, passando em seguida para São Paulo (SP), no princípio da fundação da cidade, em 1554, com os outros padres jesuítas que fundaram o colégio de Piratininga. O cacique Tibiriçá tinha pelo Irmão Pedro Dias uma especial amizade, de modo que quis que ele se casasse com sua filha de nome Terebé, depois batizada com o nome de Maria Grã. "Como viesse desse enlace grande vantagem para o efeito de congraçar os portugueses com os índios (...), consultou-se o geral da ordem, que era Santo Ignacio de Loyola, então residente em Roma, sobre o assunto, e por ele foi resolvido que, querendo o leigo, se casasse, para o que o desligou dos votos. Obtida a licença, casou-se Pedro Dias com a segunda filha do cacique Tebiriçá, a qual tendo o nome indígena de Terebé, foi batizada com o de Maria da Graça, em atenção ao Revmo. Padre Luiz da Grã, que foi o primeiro superior do colégio formado nos campos de Piratininga." De Terebé teve Pedro Dias os filhos Clara, Felippa e João. Casando-se uma segunda vez com Antonia Gomes, teve ainda Francisco, Feliciana e Paula. Pedro Dias ocupou o cargo de Juiz Ordinário em São Paulo, falecendo, com testamento, em 1590. (Leme, Genealogia paulistana, v. 8, p, 6)