Nascimento: cerca de 1552 Natural de São Vicente (SP). Residente em São Vicente pelos anos de 1570, era pessoa de pretígio, sendo citada nas atas da Câmara de São Paulo, onde, em 30 de junho de 1594, doou a seu genro Antônio Rodrigues umas casas de taipa cobertas de palha de sua propriedade, localizadas na praça pública da Vila de São Paulo. Foi ouvida em 5 de abril de 1622, no processo de canonização do Padre José de Anchieta, prestando o seguinte depoimento: : “Natural de São Vicente, com cerca de 70 anos de idade, filha de Lopo Dias e de Beatriz Dias. Lopo Dias era irmão de Rui Dias Machado. Conheceu muito bem ao Padre Anchieta e o teve por seu diretor espiritual, abrindo-lhe toda a sua consciência. Anchieta lhe batizou um filho. Conhecia-o antes do sacerdócio. Sendo menina de poucos anos e indo à igreja desta Vila de São Paulo, ouviu muitas vezes aos Padres Luís da Grã e Manoel da Nóbrega, outrora provinciais, que o Irmão José era santo, e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele as dissimulava dizendo que eram sonhos. Sendo de 12 anos e estando doente desejou morrer consagrando a Deus sua virgindade, mas o Padre José, sem que ela a ninguém o dissesse, lhe falou neste assunto, que só podia saber por uma revelação.” Casou-se em São Paulo com Manuel Fernandes Ramos. Faleceu em 1634. (Cf. Cf. Revista Genealógica Latina, 1951, vol. 3, p. 77; ALBUQUERQUE, Pedro Wilson Carrano. Lysâneas Maciel e seus antepassados. Usina de Letras, www.usinadeletras.com.br)