Nascimento: 1765 Natural da freguesia da Lage (atual Resende Costa, MG). Conforme seu depoimento nos autos da devassa da Inconfidência Mineira, de que participou juntamente com seu pai, deveria ter-se dirigido a Coimbra (Portugal), para estudar Direito. Como, todavia, havia o plano de tornar o Brasil independente e fundar uma universidade em São João del Rei (MG), dilatou a viagem (cf. Santos, A Inconfidência Mineira, p. 308-310). Sofreu a pena do degredo para Cabo Verde, com a idade de 24 anos. Em Praia (Cabo Verde), no ano de 1795, casou-se com Luiza Silva, de quem teve o filho Marcelino. Permaneceu na África de 1793 a 1803, onde exerceu cargos no governo de Cabo Verde. Em 1804, obteve autorização para transferir-se para Lisboa (Portugal), onde foi empregado do Erário Público, trabalhando também na Casa das Rainhas. Regressou ao Brasil em 1809, a chamado do Príncipe Regente D. João VI, tendo sido encarregado dos assuntos da coroa relativos à exploração e comércio de diamantes. Após 1809, casou-se novamente, no Rio de Janeiro, com ? Pereira, com quem teve os filhos Antônio e José. Em 1821, foi eleito deputado para as Cortes Portuguesas, pela Província de Minas Gerais. Após a independência do Brasil, participou das Assembléias Constituintes de 1821 e 1823, bem como na primeira legislatura ordinária de 1826. Em 1827, aposentou-se com o título de Conselheiro do Império do Brasil. Em 1840 foi eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico (Rio de Janeiro). É autor de uma memória histórica sobre o descobrimento e a exploração dos diamantes no Brasil (1836), bem como de uma outra memória sobre a Inconfidência (1840). Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de junho de 1841, tendo sido sepultado na Igreja de São Francisco de Assis. Deixou apólices do Governo do Império para a municipalidade de São João del Rei e parte de seus livros para a biblioteca da mesma cidade.