Nascimento: 30/5/1847 Natural da fazenda São Sebastião, em Tabuleiro Grande (atual Paraopeba, MG), então distrito de Curvelo (MG). Estudou Humanidades no Colégio do Caraça e em São João del Rei. Dedicou-se, em sua terra natal, ao comércio de gado, com cujo lucro decidiu fundar, com os irmãos Antônio Cândido e Caetano, uma fábrica de tecidos. Dirigiu-se aos Estados Unidos, onde permaneceu por um ano e meio, estudando mecânica e física. Na volta, importou o moderno equipamento que, em 1868, instalou em Tabuleiro Grande, quando se iniciaram as atividades da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro, primeira indústria têxtil do Brasil movida a energia hidráulica e primeira sociedade anônima organizada no país. Em 1874, auxiliou os irmãos Francisco, Victor e Pacífico na criação de duas outras fábricas, a de São Sebastião e a da Cachoeira. Passou a residir em Juiz de Fora (MG) a partir de 1887, onde fundou a Tecelagem Mascarenhas. Recebeu da Câmara Municipal dessa cidade a concessão do serviço de iluminação elétrica, instalando aí a primeira usina hidrelétrica da América do Sul, a Usina de Marmelos, e criando, para operá-la, a Companhia Mineira de Eletricidade, inaugurada em 22 de agosto de 1889. O Governo Imperial desejou homenageá-lo com o título de Visconde de Paraibuna, mas ele o recusou, por ser republicano convicto. Planejou e dirigiu a execução da rede de iluminação da nova capital do Estado, Belo Horizonte, a qual começou a funcionar em 11 de dezembro de 1897. Introduziu ainda no Estado os ferros de passar e os fogões elétricos. Participou da fundação do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, de que era presidente quando de sua morte. Casado com Amélia Guimarães Mascarenhas. Faleceu de infarto, na varanda de sua casa, na Avenida Rio Branco, em Juiz de Fora, em 9 de outubro de 1899. (Monteiro, Dicionário biográfico de Minas Gerais, v. 2, p. 401; Birchal, O empresário brasileiro; Vaz, Cia. Cedro e Cachoeira)