Nascimento: 19/12/1773 Natural de Minas Novas (MG). Conforme Ferreira, era filho natural de seu pai, provavelmente com uma negra, já que é referido, na documentação, como "pardo". Assim o descreve seu bisneto, o Padre Alexandrino da Luz (in Mimos): "Em Minas Novas cresceu um jovem que vendia bolo “Carajé”, ficando, por isso, conhecido por Carajé, nome que se tornou distintivo, de toda a sua família. Jacinto Alves da Costa podia apropriar-se do que sentencia a Escritura: 'Adolescens justa viam suam, etiam cum senuerit, non recedet ab ea', o homem depois de crescido e velho não é senão o que o fizeram quando menino. Inteligente e econômico adquiriu fortuna, foi poderoso chefe político, cuja influência se estendia por todo o norte mineiro. O velho Carajé chefiava o Partido Conservador, fazendo-lhe forte oposição seus irmãos Silvério, Plácido e Ponciano, unidos ao seu filho Cadete Matos, todos liberais." Além de chefe do Partido Conservador em Minas Novas, foi vereador e membro da Guarda Nacional desde 1832, tendo sido agraciado, em 2 de dezembro de 1849, com o título de Cavaleiro da Ordem Imperial da Rosa. Casou-se, a primeira vez, em 18 de novembro de 1810, em Minas Novas, com Maria Cardoso de Matos, de quem teve os filhos Antonio, José, Fulgêncio, Jacintha, Isabel, Emerenciana, Rosa, Maria, Carlota, Henriqueta e Clara; a segunda vez, casou-se com Maria Cândida do Sacramento, de quem teve José, João, Jacinto e Francisca. Faleceu em Minas Novas, em 9 de outubro de 1863. (cf. Nunes, Antepassados de Augusta Pinheiro Nogueira; Ferreira, Genealogia norte-mineira, v. 1, p. 168)