Nascimento: 31/10/1902 Natural de Itabira do Mato Dentro (atual Itabira, MG). Fez os estudos secundários no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte (MG), e no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), de onde foi expulso, em 1919, "por insubordinação mental". Em 1925, colou grau como Farmacêutico pela Escola Livre de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte, profissão que nunca exerceu, e fundou, com Francisco Martins, Emílio Moura, Gregoriano Canedo e outros, o periódico "A revista", primeira publicação modernista de Minas Gerais. Em 30 de abril do mesmo ano, casou-se, em Belo Horizonte, com Dolores Dutra de Moraes, de quem teve os filhos abaixo. Em 1926, começa a trabalhar no Diário de Minas, do qual se tornaria redator-chefe. Em 1928, passa a auxiliar na redação da Revista do Ensino, publicada pela Secretaria de Educação de Minas Gerais, sendo nomeado, em 1929, para a redação do Minas Gerais, órgão oficial do Governo do Estado. Em 1930 exerce o cargo de Auxiliar de Gabinete do Secretário do Interior de Minas Gerais, Cristiano Monteiro Machado, trabalhando em seguida com Gustavo Capanema, inclusive no período em que este foi Interventor Federal em Minas Gerais. É de 1930 seu primeiro livro, Alguma Poesia. Em 1933 trabalhou como redator do jornal A Tribuna, transferindo-se, no ano seguinte, para o Estado de Minas e o Diário da Tarde. Em 1934 publica Brejo das Almas. No mesmo ano, muda-se para o Rio de Janeiro (RJ), como Chefe de Gabinete de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde. Começa a colaborar na imprensa carioca, escrevendo na Revista Acadêmica e nos suplementos literários de A Manhã, Correio da Manhã e Folha Carioca. Em 1940 publica Sentimento do mundo, seguido de José (1942), Confissões de Minas (1944) e A rosa do povo (1945). Com o fim do Estado Novo, em 1945, deixa a Chefia do Gabinete do Ministro da Educação e assume, a convite de Luís Carlos Prestes, um lugar na diretoria do diário comunista Tribuna Popular, do qual se afastaria depois, por discordar da orientação do jornal. De 1947 é seu livro Novos poemas, a que se seguem Poesia até agora (1948), Claro enigma, A mesa e Contos de aprendiz (os três aparecidos em 1951). Passa então a trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, até sua aposentadoria, em 1962. Colaborou, como cronista, nos periódicos Política e Letras, Correio da Manhã, Estado de Minas e Jornal do Brasil, além de na Rádio Ministério da Educação e Cultura e na Rádio Roquete Pinto. Publicou ainda Viola de bolso e Passeio na ilha (ambos de 1952), Fazendeiro do ar (1953), Soneto da buquinagem (1955), Ciclo e Fala amendoeira (os dois em 1957), Lição de coisas e A bolsa e a vida (ambos em 1962), Viola de bolso II (1964), Cadeira de balanço (1966), Versiprosa e José e outros (os dois em 1967), Boitempo & a falta que ama (1968), Caminhos de João Brandão (1970), O poder ultrajovem (1972), De notícias e não notícias faz-se a crônica (1974), Menino antigo e As impurezas do branco (ambos em 1973), A visita, Os dias lindos e Discurso de primavera e algumas sombras (os três em 1977), O marginal Clorindo Gato (1978), Esquecer para lembrar (1979), A paixão medida (1980), Contos plausíveis (1981), O elefante (1983), Corpo e Boca de luar (ambos de 1984), Amar se aprende amando, O observador no escritório e História de dois amores (os três em 1985), Tempo, vida, poesia (1986), O amor natural (1988), O avesso das coisas (1987) e Moça deitada na grama (1987). Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1987. (cf. Monteiro, Dicionário biográfico de Minas Gerais, v. 1, p. 40-41)