Antônio Rodrigues Pereira, Coronel, Barão de Pouso Alto

Nascimento: séc. XVIII
Natural de Queluz de Minas (atual Conselheiro Lafaiete, MG), tendo nascido na Fazenda dos Macacos, onde sempre residiu. Assentou praça voluntariamente no 5o. Regimento de Cavalaria Ligeira da 2a. Linha do Exército, em 1822, tendo recebido, em 1831, a patente de Alferes e, posteriormente, as de Tenente, Capitão, Major, Coronel, Chefe de Legião e Coronel Comandante Superior. Exerceu, em Queluz, os cargos eletivos de eleitor, juiz de paz, vereador, presidente da Câmara, juiz municipal e juiz de órfãos. Foi um dos líderes do Partido Liberal. Na revolução liberal de 1842, José Feliciano Pinto Coelho da Cunha nomeou-o para o posto de Coronel Comandante em Chefe da Legião, em Queluz e Bonfim. Com a vitória dos legalistas, ele foi processado criminalmente, assim como seus irmãos o Major Joaquim Rodrigues Pereira e o Padre Francisco Pereira de Assis, nenhum dos acusados se apresentando para o julgamento, mas nem por isso deixando de ser absolvidos. Foi agraciado com o título de Barão de Pouso Alegre em 15 de junho de 1881. Casou-se com Clara Ferreira de Azevedo, de quem teve os filhos abaixo. Conforme Ferreira de Rezende, "o Coronel Antônio Rodrigues era um velhinho magro e teso e tinha sempre a cabeça tão erguida que incomodava extremamente a quem com ele falava. Era, entretanto, tão forte que, apesar da idade, saía da sua fazenda dos Macacos, que fica ao pé da estação de Buarque de Macedo, e chegava no mesmo dia a Ouro Preto. Homem inteligente, como quase toda a família, e muito voltaireano, o Coronel Antônio Rodrigues era, por assim dizer, a vaidade personificada... Sendo fazendeiro e não tendo nem podendo ter conhecimento do Direito, tinha ele, entretanto, por costume dizer que, na qualidade de substituto do juiz municipal, nunca tinha precisado [dele], ou que poderia, pelo menos, sem o menor inconveniente, dispensar qualquer assessor." (Ferreira de Rezende, Minhas recordações, p. 341, apud TRINDADE, Velhos troncos mineiros, p. 45-46). Faleceu em 22 de dezembro de 1883, tendo sido sepultado no interior da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Queluz. (cf. Rodrigues, Esboço genealógico, p. 165-170)