Nascimento: 1787 Natural de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete, MG), nascido da Fazenda dos Macacos. Habilitou-se de genere em 1813 e ordenou-se presbítero em 1815. Vigário colado de Itaverara (MG), instituído em 3 de julho de 1828. Em 1825, por ato do governo, foi nomeado capelão do 2o. Regimento de Cavalaria das Milícias da comarca de Ouro Preto (MG). Em 1833, foi vereador da Câmara Municipal de Queluz, quando Bernardo de Vasconcelos foi deposto da presidência da província e, preso, enviado ao Rio de Janeiro; ao passar a escolta que o conduzia por Queluz, a população se revoltou, sendo o governador libertado; o Padre Francisco lançou então uma proclamação, registrada nas atas da Câmara, deflagrando a contra-revolução. Seu irmão, o capitão José Rodrigues Pereira, foi incumbido de levar a notícia oficial à Corte, e Bernardo de Vasconcelos seguiu para São João del Rei, para preparar a resistência, logo vitoriosa. Na revolução liberal de 1842, o Padre Francisco teve de novo atuação destacada, sendo processado e julgado como seu chefe, em 1843, sem apresentar defesa, o que não impediu que fosse absolvido. Continuou atuando na política, tendo exercido o mandato de deputado provincial em três legislaturas, entre 1856 e 1862. Foi proprietário da fazenda Cachoeira do Santinho, em Santana dos Montes (MG). Deixou as duas filhas naturais abaixo, tidas com Candida (Nhanhá da Cachoeira), as quais foram reconhecidas em seu testamento e instituídas suas herdeiras. Seu testamenteiro foi seu irmão o coronel Antonio Rodrigues Pereira, nomeado tutor das duas órfãs. Faleceu em Itaverava. (Cf. Trindade, Velhos troncos mineiros, p. 39; Rodrigues, Esboço genealógico, p. 163; Milagres, Genealogia da família Milagres).