Brites Fernandes, a Alcorcovada (ou Beatriz Fernandes)
Nascimento: séc. XVI Natural de Viana de Caminha (Portugal). Por volta de 1551 transferiu-se, com sua mãe, para Pernambuco, passando a residir no engenho de seu pai, em Camaragibe. Já órfã, após a venda do engenho, mudou-se com a mãe para Olinda (PE). Em virtude de denúncias ao Tribunal do Santo Ofício por prática de "judaísmo", foi presa em Olinda em 25 de agosto de 1595 e enviada para Lisboa (Portugal), onde deu entrada nos Estaus, os cárceres da Inquisição, no Rossio, em 19 de janeiro de 1596. No autos, é descrita como débil mental e aleijada (donde o seu apelido de Alcorcovada), tendo começado a confessar suas culpas em 3 de dezembro de 1597. Submetida à "câmara de tormento" em 31 de dezembro de 1598, é sentenciada a "ir ao Auto de Fé, abjuração em forma, cárcere e hábito penitencial perpétuo, penitências espirituais, além de confisco de bens". Participou do Auto de Fé de 31 de janeiro de 1599. Em consequência de seus depoimentos, outros filhos e netos de Diogo Fernandes e Branca Dias foram processados. Em 1604, ainda vivia em Lisboa, onde se supõe que tenha falecido. (cf. Barreto, Os primitivos colonizadres nordestinos e seus descendentes, p. 158; http://www.pernambuco.com/diario/2003/07/28/especialholandesesf42_0.html)