Origem.biz
  • Home
  • Cadastros
  • Fontes
  • Notas

Violante Fernandes

Nascimento: séc. XVI
Provavelmente natural de Portugal. Transferindo-se com sua mãe para Pernambuco, residiu no engenho de seus pais, em Camaragibe (PE) e, depois, em Olinda (PE). Casada, a primeira vez, com João Pereira, sem geração conhecida; a segunda vez, casou-se com Antonio Barbalho, de quem teve a filha abaixo. No processo por "judaísmo" movido pela Inquisição contra suas irmãs Brites Fernandes e Andreza Jorge, em 1599, é acusada de guardar o sábado, em que se abstinha de cozer, lavar ou fiar, bem como de outras práticas judaizantes, como não comer peixes sem escamas. É referida ainda no processo contra Bento Teixeira, com quem parece ter mantido estreita amizade. Como resume Ribeiro: "Foi a Diogo Meireles que Bento Teixeira pediu que o apresentasse a Violante Fernandes. Justificou seu pedido argumentando ser ele pobre e ela mulher de muitas posses. Diogo de Meireles lembrou a facilidade da aproximação, uma vez que Bento Teixeira já ministrava aulas aos filhos de Violante Fernandes. A apresentação dos judeus era precedida por palavras deixadas como perdidas, que, se entendidas, demonstravam a crença e criavam um círculo de amizade e de ajuda mútua." Assim, "para aproximar-se de Violante Fernandes, Bento Teixeira, num dia em que dava aula à filha, manteve com ela o seguinte diálogo: Bento Teixeira: 'Ainda que Vossa Mercê via em seus dias os filhos, que é uma das bênçãos que o Senhor lançava antigamente.' Violante: 'Por que agora não as lança?' Bento: 'Dizem os cristãos que já isto é acabado.' Violante: 'Acabados os veria eu e os nossos bem principiados.' Bento: 'Quando isto há de ser?' Violante: 'Espero eu no Senhor, que pôs o seu nome em quatro letras, que antes que morra os hei de ver, os ditos bens.'" Ainda segundo a mesma estudiosa, "Violante Fernandes recebia Bento Teixeira junto à filha Guiomar Barbalho, em quem confiava, mas mantinha os filhos homens, nascidos de cristão velho, distantes das conversações, pois, quando se aproximavam, a mãe fazia sinais a Bento Teixeira para que se calasse. (...) Violante Fernandes pediu a Bento Teixeira que voltasse à casa para ler a Bíblia a si e às suas irmãs, quando o marido estivesse no engenho, o que ele fez por umas duas vezes. Leu certos capítulos do Levítico em português e a estória da rainha Ester. Alguns meses depois Violante Fernandes adoeceu e pediu que, se não melhorasse e morresse, deveria ser amortalhada em um lençol de pano virgem, que lhe lavassem o corpo e cortassem as unhas e lhe metessem uma joia na boca. Dois dias após seu pedido veio a falecer. Bento Teixeira nos informa que Violante Fernandes foi amortalhada e enterrada à moda judaica, como pedira." Faleceu antes de 1595. (cf. Processo de Andreza Jorge christam noua natural e moradora no Brasil capitania de Pernambuco casada com Fernam de Sousa xpão nouo presa no carcere do Sancto Officio da Inquisição desta cidade de Lisboa, http://digitarq.dgarq.gov.pt/viewer?id=2306369; Mello, O nome e o sangue, p. 85; Ribeiro, Bento Teixeira e a "Escola de Santanás", p. 165-166)

Pai:
Diogo Fernandes


Pai:

Mãe:

Mãe:
Branca Dias


Pai:
Antonio Affonso
Mãe:
Violante Dias

Irmãos:
Brites Fernandes, a Alcorcovada (ou Beatriz Fernandes) ( séc. XVI )
Guiomar Fernandes ( séc. XVI )
Andreza Jorge ( séc. XVI )
Violante Fernandes ( séc. XVI )
Briolanja Fernandes ( séc. XVI )
Filipa de Paz (ou Felipa da Paz) ( séc. XVI )
Ines Fernandes (ou Ignez Fernandes de Goes) ( séc. XVI )

Pesquise um nome ou sobrenome

  • Home
  • Cadastros
  • Fontes
  • Notas
ORIGEM.BIZ 2017 - Uma iniciativa de Jacyntho Lins Brandão