Origem.biz
  • Home
  • Cadastros
  • Fontes
  • Notas

Maria da Costa (Maria da Costa Soares, Maria Soares)

Nascimento: 1584
Natural de Évora (Portugal). Cristã-nova, permaneceu presa pela Inquisição de 1618 a 1624. Recebeu a ordem de prisão em Lisboa (Portugal), no dia 1o. de junho de 1618, sob a suspeita de que saíra de Beja (Portugal), onde residia, para Lisboa, com a intenção de embarcar para o Brasil, onde vivia seu marido, a fim de poder escapar das acusações de prática de judaísmo. Foi entregue aos cárceres do Santo Ofício em 3 de junho. Durante o processo declarou, na sessão de genealogia de 9 de março de 1619, ser filha de João Lopes de Elvas e de Ignez Alvares, tendo como avós paternos Gomes Rodrigues e Izabel Lopes, todos cristãos-novos, menos sua mãe que era "meio cristã-velha". Declarou ainda estar então casada com Fernão Vieira Tavares, cristão-velho, na época Contador-Mor do Brasil (residente em Salvador, BA), de quem tinha três filhos: Paschoal, com 8 anos, Diogo e Anna, mais moços que o irmão; declarou também ter sido antes casada com Diogo Nunes Machado, cristão-novo, de quem tivera dois filhos: Izabel da Costa, também presa nos cárceres do Limoeiro (Lisboa, Portugal), sem que ela, mãe, soubesse o que tinha sido feito da filha, e Jeronimo Brito, que faleceu solteiro. Declarou que seu pai havia sido preso pelo Santo Ofício havia mais de quinze anos e saíra solto e livre; que seu tio, André Alvares, irmão de seu pai, fora preso na mesma época que ela; que tinha sido batizada na igreja de Santo Antão, em Évora, tendo como padrinho seu tio André e Ignez Freire; finalmente, declarou que sabia assinar. Acusada de práticas judaicas pelo pai, pelo tio, por um dos primos e pelas irmãs, todos igualmente processados (tratava-se de uma tática reconhecer a culpa perante o Santo Ofício, acusar outros e declarar arrependimento para sofrer penas mais leves), debitou todas as acusações a inimizades e desavenças, no caso do pai, João Lopes, atribuindo as acusações ao fato de que ele perdera o juízo por ter sido preso e processado em duas ocasiões. Em 14 de outubro de 1619, o tribunal declarou-a "herege apóstata da santa fé católica". Nessa mesma ocasião admitiu ela ter trocado seu nome de Maria da Costa para Maria Soares. Como ela se negasse a reconhecer as culpas que lhe eram imputadas, em 14 de dezembro de 1623 o tribunal decidiu "colocá-la no tormento", o mesmo não se tendo feito imediatamente por declarar a ré que sofria de gota, que lhe dava também no peito, não havendo então médico disponível para acompanhar a sessão de tortura. Em 12 de janeiro de 1624, foi desnudada, posta na polé e torturada, mas nem assim mudou sua declaração de inocência com relação a todas as acusações. Foi absolvida em 16 de janeiro de 1624, sendo obrigada a participar do Auto-da-fé realizado em Lisboa, em 5 de maio do mesmo ano, tendo sido libertada no dia 6. Casada a primeira vez com Diogo Nunes Machado, de quem teve os filhos Izabel e Jeronimo; a segunda vez, casou-se com Fernão Vieira Tavares, de quem teve os demais filhos. É provável que tenha falecido em Portugal, sem nunca ter reencontrado o marido que vivia então em São Paulo. (cf. Bogaciovas, Tribulações do povo de Israel na São Paulo colonial, p. 108-119)

Pai:
João Lopes de Elvas


Pai:
Gomes Rodrigues
Mãe:
Izabel Lopes

Mãe:
Ignez Alvares


Pai:

Mãe:

Filhos:
Anna (da Costa) ( séc. XVII )
Jeronimo de Brito Machado ( séc. XVII )
Izabel da Costa ( séc. XVII )
Diogo da Costa Tavares ( séc. XVI-XVII )
Paschoal Tavares ( 1611 )

Irmãos:
Maria da Costa (Maria da Costa Soares, Maria Soares) ( 1584 )
Catharina da Costa ( séc. XVI )
Teotonio Gomes d'Elvas ( séc. XVI )
Francisca da Costa ( séc. XVI )
Izabel Lopes ( séc. XVI )

Pesquise um nome ou sobrenome

  • Home
  • Cadastros
  • Fontes
  • Notas
ORIGEM.BIZ 2017 - Uma iniciativa de Jacyntho Lins Brandão